terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bicho Preguiça!

Por um segundo, eu teria sido atriz e não jornalista. A linha tênue entre uma escolha e outra foi a incerteza de que eu daria certo como artista. Assim, fiz vestibular para Comunicação Social (Jornalismo) e abracei a certeza de que essa era a profissão que eu queria seguir por opção e vocação.

Hoje, tenho orgulho do diploma de Bacharel em Comunicação Social, Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Estadual da Paraíba. A profissão me deu muitas conquistas, embora tenha me desmotivado e desencantado algumas vezes. Porém, o mesmo diploma do qual me orgulho, me leva a fazer algumas reflexões.

A ideia da não obrigatoriedade do diploma me incomoda. Ele é importante. O diploma certifica que passei pela academia, estudei e fui ensinada a fazer o que faço. Claro que alguns aprendizados a prática nos oferece e essas vivências não encontramos nos livros. Isso me faz lembrar nomes como, Samuel Wainer, Antonio Maria, Joel Silveira que, no passado, sem o bendito diploma, conquistaram o respeito e a credibilidade dos seus leitores e “seguidores”.

Não se concebe um jornalista que não lê, não sabe escrever e não gosta de aprender. Um jornalista que se preza, vive em busca dos fatos, da notícia. Garimpa informações, se atualiza. Esmera-se na redação de um bom texto. Mas, infelizmente, existem muitos “profissionais” posando bem na foto sem o mínimo compromisso com a profissão.

Vem a pergunta: será que um profissional alheio a essas características sobrevive à competitividade do mercado de trabalho? Sim, sobrevive e com diploma. E são esses profissionais que baseiam decisões como a do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2009, quando por 8 votos a 1, os ministros decidiram que o diploma de jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão.

Em certos momentos, quando olho ao meu redor e observo jovens recém saídos da faculdade, cheios de vontade de abraçar o mundo como jornalistas, confesso que me decepciona lembrar que as justificativas de Gilmar Mendes tiveram o apoio dos ministros Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello.

De repente, a decisão merecia uma emenda determinando e descrevendo, quem sabe, o perfil daqueles que não merecem o diploma. Seria mais justo.

Deveria existir uma denominação mais precisa para identificar e diferenciar esses oportunistas. Enquanto isso, eu prefiro chamá-los de Bicho Preguiça. Entenda: a preguiça, ou bicho-preguiça, se pendura aos galhos das árvores, com o dorso para baixo. O jornalista sem compromisso pula de galho em galho até encontrar o lugar mais conveniente para ele.

O Bicho Preguiça tem como defesa sua camuflagem e suas garras. O jornalista sem compromisso camufla muito bem a sua falta de talento e vocação.

O Bicho Preguiça prefere viver em árvores altas, com copa volumosa e densa e muitos cipós, onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma defesa. O jornalista sem compromisso gosta de estar em evidência, tenta mostrar competência, mas seu talento frágil não assusta.

Devido a seu habitat limitado à copa das árvores, e a seus hábitos alimentares especializados, o Bicho Preguiça é muito afetado pela diminuição das florestas tropicais. Estima-se que venha a ser espécie ameaçada em futuro próximo. Espero que assim seja com o jornalista sem compromisso, vugo Bicho Preguiça, com todo respeito à natureza.


Imagem/Crédito: http://guaiauna.com.br/blogs/1manha/?p=199

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Na paz e na guerra

A comunicação se aprende ao longo de toda uma vida. É um aprendizado constante, a cada dia uma lição, uma descoberta, um achado e um perdido também. É, porque de vez em quando, perdemos algo de vista ou alguém, quando os "ruídos" da comunicação rondam as esferas das boas relações. Como dizia o Velho Guerreiro “quem não se comunica se trumbica” e eu diria: “quem não aprende a se comunicar, se trumbica ainda mais”.

Até mesmo nós, profissionais da comunicação já passamos por situações conturbadas, resultantes de uma comunicação mal feita. Quem nunca passou por isso que "atire a primeira pedra".

Primeiro é preciso entender que comunicação é a forma pela qual as pessoas se relacionam, trocam experiências, vivências, ideias, informações, e interagem com o meio onde estão inseridas.

Eu acredito que este problema vem de berço. Isso mesmo. No início da vida, sob os olhares atentos de pais, avós, tios e amigos da família, somos estimulados a dizer as primeiras palavras do nosso vocabulário inicial. Cria-se uma expectativa enorme em torno deste momento. Aprendemos então a falar, vamos crescendo, falando cada vez mais e pouco nos ensinam a OUVIR.

Ouvimos tão pouco quanto somos ouvidos. E nessa falange de falas, muitas vezes equivocadas e impensadas, precipitamos conclusões, fazemos pré-julgamentos, "atropelamos" as palavras e quando vemos, estamos “num mato sem saída”, tentando consertar aquilo que não tem mais conserto. Tem arremedo.

Oxalá que todos tivessem a sabedoria de saber se comunicar. Palavras se perdem no vento. Toda ação causa uma reação. Em situações conturbadas, o silêncio diz muito. Tenhamos sempre em mente que uma boa comunicação pode selar a paz ou desencadear uma guerra. Façamos nossa escolha!

domingo, 12 de outubro de 2008

Adeus Ano Novo, Feliz Ano Velho!

Depois de uma longa temporada, estou de volta! Há 10 meses atrás, estávamos todos se despedindo de 2007, comemorando a virada do ano e a chegada de 2008. Hoje, completam-se exatamente 286 dias do ano. Um ano que, para a minha doce, leve, agitada e tranqüila vida, começou cheio de expectativas e alguns dissabores.

Do desejo de mudança e da ânsia de sair do rumo provável, eu diria que na receita de projetos e idéias previstos para o Ano Novo, alguns ingredientes deram certos, outros nem tanto. Mas, confesso que continuo “mexendo” até que a receita esteja no ponto ideal.

O novo ano que agora já não é tão novo e está quase chegando ao fim, me trouxe algumas boas experiências e desafios. Um desses desafios foi assumir a coordenação de comunicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado da Paraíba. Pegando carona nesse tema, decidi atender um antigo pedido do companheiro Valter Barbosa e falar sobre a Assessoria de Imprensa.

A Assessoria de Imprensa é um instrumento importante da área de comunicação. Admito que, no passado, eu tinha uma visão muito distante do trabalho de um assessor. Com o passar do tempo e a vivência da função, descobri o quanto temos a fazer quando abraçamos a tarefa de gerir o relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa.

Na minha época de faculdade, assessoria de imprensa era “bico”. Trabalhava de verdade como jornalista aquele profissional que atuava em rádio, jornal ou televisão. Hoje, as coisas estão um pouco diferentes e a atividade é vista com mais seriedade. Atualmente, fico feliz em trabalhar com jovens estudantes de jornalismo que vislumbram trilhar a carreira como Assessor de Imprensa. São nove estudantes: Gerson Freitas, Aline Souza, Michele Assis, Fernanda Castro, Tássita Araújo, Emanuelli Leite, Renata Rodrigues, Carol Torquato e Noelle Lira. Bom mesmo é vê-los crescer, querendo aprender e se desdobrando para dar conta do recado...

Acredito que, durante o estágio, os nove estudantes citados acima estejam exercitam um pouco da primeira grande tarefa de todo assessor que é (acreditem!) fazer com que as pessoas compreendam a importância e como funciona o trabalho de uma equipe de assessoria de imprensa.

O mais instigante é gerar notícias de interesse dos meios de comunicação e da sociedade. Tem sempre alguém ou instituição realizando algo interessante. Cabe a nós, assessores de imprensa, identificar, colher as informações e disseminá-las, tendo sempre o discernimento sobre o que realmente vale notícia e o que pode esperar. O exercício e amadurecimento da função também nos ensinam a evitar encher os e-mail’s das redações com releases e mais releases diariamente. Principalmente quem já esteve do outro lado da situação, sabe como é chato abrir a caixa de e-mail e encontrar “enchimento de lingüiça” de determinadas instituições.

E pra encerrar, vale questionar sobre a ética. Tenho muitos colegas que trabalham em veículos de comunicação e prestam serviço de assessoria de imprensa. Eu já fiz isso. Na minha opinião é possível se comportar profissionalmente nas duas situações e com ética.

Meu amigo Carlos Siqueira, editor da TV Paraíba, costuma dizer que nunca trabalhou em assessoria de imprensa por uma questão ética. Ele não considera confortável estar trabalhando em um veículo de comunicação e ao mesmo tempo atuando em assessoria de imprensa. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade. Carlinhos sabe que discordo dele e para justificar minha opinião, deixo aqui uma pequena história de autor anônimo:

“Dizem que um sábio procurava encontrar um ser integral, em relação a seu trabalho. Entrou, então, em uma obra e começou a indagar. Ao primeiro operário perguntou o que fazia e este respondeu que procurava ganhar seu salário; ao segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele preenchia seu tempo; finalmente, sempre repetindo a pergunta, encontrou um que lhe disse: "Estou construindo uma catedral para a minha cidade".

A este último, o sábio teria atribuído a qualidade de ser integral em face do trabalho, pois, ele pensou no seu trabalho como instrumento do bem comum. Pensemos assim, todos nós assessores de imprensa!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Os Três Mosqueteiros


Um por todos e todos por um. A célebre frase da obra do escritor francês Alexandre Dumas, adaptada no filme Os Três Mosqueteiros do diretor Stephen Herek, traduz fielmente a essência do trabalho em televisão. No reino “encantado” de uma emissora de TV, cada personagem da vida real tem uma função importante no contexto e ninguém deve ser menosprezado faça o que fizer no processo de produção de um telejornal ou de qualquer outro produto da casa.

A hierarquia se faz necessária. É uma questão de organização. Mas o “rei” deve saber liderar sua equipe para que todos busquem um objetivo comum e sintam-se motivados a fazer parte da equipe. Você, aspirante a um lugar nesse universo de sons, imagens e movimentos, lembre-se de que, é importante aprender a conviver com as diferenças, saber reagir com maturidade perante comportamentos e atitudes contrárias às suas e, principalmente, extrair o melhor da divergência de idéias e pensamentos.

No filme de aventura citado acima, Athos (Kiefer Sutherland), Aramis (Charlie Sheen) e Porthos (Oliver Platt), enfrentam todos os perigos para defender o Rei da França, Luiz XIII. No dia-a-dia na TV, o(a) repórter, o cinegrafista e o iluminador costumam encarar o cotidiano das ruas, enfrentando situações difíceis, os possíveis imprevistos e os traiçoeiros ponteiros do relógio que não desculpam atraso na redação. Nessa corrida diária contra o tempo, o repórter deve estar sempre atento a tudo e a todos, deve ser ágil e criativo. O cinegrafista não deve ser aquele mero “apertador de botão”, pois, o seu olhar apurado e também atento em torno da notícia poderá render uma grande matéria. O texto deve conversar com a imagem e juntos levarem uma informação de qualidade ao telespectador. Não existe segredo. A receita é parceria. Risque do dicionário a palavra euquipe e dê lugar à equipe. Sinal Amarelo: não desperdicem alguma sugestão do motorista/iluminador.

Certa vez, eu trabalhava como repórter e sai para fazer uma matéria com o cantor campinense Tony Dumont. Já era final da manhã. Estávamos eu, o cinegrafista Altair Silva e o grande “Charlie Brown” – seu Wallace – nosso motorista. Ao chegarmos no local da matéria, encontramos um cenário pouco atrativo para uma matéria leve com música e fora do factual. Eu e Altair olhamos um para o outro, demos uma volta no ambiente e quando eu começava a coçar a cabeça, Seu Wallace disse: “Ôh, Charlie, por que não faz aqui nesse cenário!”. Era uma parede decorada com garrafas de vidro, em frente tinha um balcão e um banquinho. Foi ali onde colocamos Tony Dumont e a matéria saiu 10. Parabéns para a criatividade de Seu Wallace e sorte nossa porque ele estava ali naquele dia.

Nos últimos meses, situações semelhantes têm sido constantes trabalhando com o cinegrafista Charles Dias e o nosso Assistente Técnico, Expedito Junior (foto). Charles eu conheço desde o início da minha carreira na TV Borborema. É um cara esforçado, empenhado na profissão que escolheu e não disperdiça a chance de conhecer e aprender sempre. Ele busca o diferencial, o incomum, tenta olhar pra onde poucos olham e não se perde nas limitações técnicas. Busca ultrapassar fronteiras. Expedito Junior é um companheiro super antenado. Tem sempre algo construtivo a acrescentar. Procura levar os problemas na esportiva e abandona o silêncio para dar sugestões e opiniões que enriquecem nosso trabalho. Claro que nem todo dia é dia de flores, mas, a gente pinta o arco-íris assim mesmo...

A essas alturas, você leitor, deve estar perguntando: mas onde está D’Artagnan? Oras, no filme Os Três Mosqueteiros, o personagem interpretado pelo ator Chris O’Donnell é um jovem que tenta provar seu valor, chegando a ser ridicularizado, porém, ainda assim tenta mostrar lealdade e habilidade para se tornar um dos mosqueteiros do rei. Na vida real, D’Artagnan é aquele técnico que costuma ficar no estúdio, preocupado com o funcionamento e a posição do microfone dos apresentadores e entrevistados. É o iluminador que tem todo o cuidado em posicionar a luz e, assim, evitar sombras nos apresentadores e convidados. É o cinegrafista que a-pa-ren-te-men-te vive de moleza no estúdio, mas, tem atenção redobrada especialmente nos programas ao vivo, pois, precisa seguir marcações, movimentar a câmera na hora certa, abrir e fechar o zoom com sutileza e seguir as orientações do Diretor de TV.

Se você procurar direitinho, ainda encontrará D’Artagnan na ilha de exibição, concentrado e preocupado com a programação que está no ar. Nas ilhas de edição, ele pode ser encontrado vestido de um jeito despojado, queimando os neurônios e empenhando boas doses de criatividade na edição das matérias. Nas redações, na função de produtor(a), a ficção dá lugar à realidade com muitos telefonemas diariamente em busca de um bom assunto que possa render uma excelente matéria.

Caso o telepronter, o computador da redação ou de qualquer outro departamento aparecer com problema, chame D’Artagnan. Se o ar-condicionado do estúdio resolver parar de funcionar, um técnico também poderá ajudar. Se a câmera sujar o cabeçote, o áudio falhar ou a mesa de corte travar, não esqueça de que alguém vai aparecer para ajudar. Nas salas, nos corredores e nos banheiros da emissora, sempre tem alguém por trás da limpeza. O visitante também poderá encontrar um sorriso doce e uma voz agradável na recepção temos na TV Itararé, Juliana, um ótimo exemplo disso. Por isso, todas essas pessoas têm o seu valor. De alguma forma, algum dia, você poderá precisar delas e elas poderão colaborar com você. A euquipe fragiliza. A união faz a força. Para tudo dar certo, o lema é um por todos e todos por um. E antes de terminar, uma última dica: se você gosta de aventura, além de trabalhar em televisão, leia o livro ou assista o filme Os Três Mosqueteiros e descubra de quem foi a frase que ganhou o mundo e ainda hoje nos serve como lição!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Desatando os nós


Há pouco tempo ouvi de um companheiro que, no ambiente de trabalho ele não tinha e não queria ter amigos. Confesso que, a princípio, a declaração dele me impressionou um pouco. Talvez, ele tenha suas razões para pensar assim. No entanto, acredito que tudo é relativo e para toda regra existem exceções. Particularmente, eu prefiro substituir a palavra “colega” por companheiro de trabalho, afinal, em televisão tudo que se faz é essencialmente um trabalho de equipe. Para tudo dar certo todos têm que acertar e se der um erro, todos têm que se unir para buscar uma solução para o problema.

Na minha pouca vivência no jornalismo, eu diria que já tive bons companheiros de trabalho que se tornaram grandes amigos. No início da minha carreira em televisão na TV Borborema, encontrei Carla Borba e Claúdia Oliveira. Ambas começavam, assim como eu, trilhar os percalços da carreira profissional. Claúdia foi uma amiga e confidente naquela época, pena que voltou para a Bahia, sua terra natal. Mas, o bom é saber que ela está bem e continua atuando na profissão. “Borba” continua por aqui e apesar do corre-corre do dia-a-dia, de vez em quando ainda encontramos um tempinho pra alguns desabafos e compartilhar coisas boas também, é claro! Michele Meira que hoje está na TV Cabo Branco, em João Pessoa, foi uma boa companheira e amiga. Costumávamos dividir preocupações, problemas e também nos divertir com situações cotidianas. Para se ter uma idéia, um ex-companheiro da TV Borborema que se tornou um grande amigo, hoje é meu marido.

Na TV Paraíba encontrei Carlos Siqueira. Meu ex-companheiro e amigo da época de faculdade por quem ainda hoje guardo um grande carinho. Eu e Siqueira nos formamos juntos. Pelos corredores da emissora, nas ilhas de edição, descobri outro grande amigo: Kiko Sousa (editor de imagens). Na rua, trabalhando como repórter, outro companheiro me rendeu uma grande amizade: Altair Silva (cinegrafista). Betânia Villas Boas, ex-produtora da TV Paraíba, foi uma companheira e amiga daquelas que você aprende a gostar mesmo em situações conturbadas e estressantes as quais nós passamos juntas. Ela é outra baiana que voltou para o território de origem, mas nem por isso esquecemos a amizade (em breve ela estará aterrisando em Campina Grande). São pessoas que me ajudaram muito e, por essa razão, têm uma importância enorme na minha vida.

Hoje, na TV Itararé não tem sido diferente. Luanda Alencar (foto), literalmente não é mais um rostinho bonito na televisão. Ela é bonita, inteligente, fotogênica, porém, prefere estar por trás das câmeras trabalhando na produção. Quando eu ainda estava no departamento de jornalismo, “Lu” me ouvia e a recíproca era verdadeira. É mais uma pessoa que entra para o livro da minha vida e ganhou um espaço no meu coração.

Trabalhando no departamento de programação da TV Itararé, veio Marcela Naiara (assistente de produção). Porém, Marcela eu também já conhecia desde que ela foi estagiar no departamento de comunicação da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), onde passou quase dois anos. Indicada por seu ex-professor, Ribamildo Bezerra, ela sempre demonstrou ser uma jovem muito competente, dedicada e com um senso de responsabilidade muito apurado em tão pouco tempo de experiência profissional. Agora, ela segue novos rumos para abraçar novas oportunidades profissionais, mas, a amizade sincera é a mesma! Outra boa descoberta: Gustavo Guimarães (editor de imagens). Com seu jeito maroto, “Guga” fala pouco, é um excelente profissional, que não se deixa dominar pelo ego e assim conquistou seu lugar entre meus grandes amigos.

Na verdade, todas essas pessoas as quais eu citei têm seus defeitos. Afinal, nem eu sou perfeita. Mas, aprendo a cada dia que a gente deve aprender a compreender os defeitos dos nossos companheiros e ressaltar as qualidades deles que, profissionalmente, fazem o trabalho render e “encher” a tela da televisão. Além disso, são pessoas que enriquecem o perfil profissional com boas doses de sentimentos e atitudes nobres. Claro que esses são alguns dos companheiros, os quais eu tive a oportunidade de me aproximar e conhecê-los melhor. Com certeza, ainda existe muita gente bacana que eu ainda não tive a mesma oportunidade. Mas, quem sabe um dia a gente se esbarra e se encontra por aí...

Por essas e tantas outras razões, prefiro chamar “colegas” de companheiros de trabalho. Aos companheiros que se tornaram meus AMIGOS, despertaram a minha confiança e ultrapassaram a barreira profissional, deixo aqui meu grande e sincero abraço.

Aos demais, aqueles que carregam em sua bagagem a intolerância, a inveja e a falta de companheirismo, me desculpem! Esses eu prefiro realmente chamar de colegas. E assim é a vida. A cada dia temos que aprender ir “desatando os nós” e criando laços profissionais e de amizade, pois, são esses pequenos detalhes que tornam a vida mais leve e prazerosa pra se viver...





quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Novos talentos, novos ares!

De alguma forma, o veículo televisão sempre me despertou certo fascínio, ora como telespectadora, ora como profissional de comunicação. Acredito que, em cada turma de novos jornalistas que se formam em Campina Grande, existem aqueles que escolhem percorrer esse mesmo caminho. Outros, talvez, abraçam a oportunidade, quando surge, para não perderem a chance de ingressar no mercado de trabalho. Seja como for, não podemos deixar de reconhecer o talento desses novos jornalistas que têm “mostrado a cara” nas emissoras de televisão do nosso estado.

Muitos desses jovens aspirantes a uma brilhante carreira no veículo televisão foram abraçados pela TV Itararé. Parcialidade à parte, é preciso reconhecer que, a chegada da emissora afiliada da TV Cultura na cidade, deu oportunidade à muita gente de talento. Jovens naturais de Campina Grande e também aqueles que vêm para a cidade estudar e acabam ficando por aqui, a exemplo do repórter Wanderley Filho. Ousado e dinâmico, Wanderley tem o dom de questionar tudo, o tempo todo. Acho que ele segue à regra “jornalista nunca deve confiar na primeira versão dos fatos”. Questiona até mesmo os próprios companheiros de trabalho. Mas, o resultado compensa. É do tipo que mergulha na matéria. Vem aprimorando seu texto a cada dia. Neste caso, o tempo se encarrega de lapidar a pedra bruta que, no futuro, torna-se uma jóia preciosa do jornalismo.

Mônica Victor teve sua primeira experiência com televisão durante a inauguração da TV Itararé. Lá estava ela circulando de um lado pra outro com o microfone na mão, fazendo entrevistas e passagens. Não sei se ela estava insegura naquele dia. Mas, hoje, ela demonstra segurança e agilidade em suas matérias. É, cada um tem o seu perfil.

Com a minha saída da apresentação do Itararé Notícias 1ª Edição, quem assumiu a bancada ao lado de Cleudi Lima foi a jovem Isis Coelho. Com uma postura marcante, Isis demonstra segurança diante das câmeras. A partir da estréia do Itararé Notícias 2ª Edição, Polion Araújo passou a apresentar o telejornal ao lado de Luciellen Souza, outra revelação. Recém-formada em jornalismo, rostinho de menina, a garota tem dado conta do recado direitinho. Não pensem que é fácil enfrentar a adrenalina de um telejornal ao vivo! Por isso, acredito que a cada dia, Luciellen e Isis tendem a aperfeiçoar o trabalho delas e seguirem em frente na carreira como apresentadoras e repórteres.

Ainda falando dos repórteres, não posso esquecer de Diego Araújo. Tímido e calado, ele vem conseguindo desafiar as câmeras. Diego é uma das exceções às quais eu citei lá no começo do texto. Iniciou a carreira trabalhando em assessoria de imprensa e, frente a frente com a oportunidade, recebeu incentivo dos amigos e abraçou o desafio. Sua principal característica é a vontade de aprender e descobrir novos caminhos.

Por falar em descobrir novos caminhos, Marcos Vasconcelos, repórter da TV Paraíba (afiliada da Rede Globo) é outro exemplo. Pedro Bial já disse certa vez, que todo profissional de televisão deveria primeiro passar pelo jornalismo impresso para aprender a escrever. Depois, aprender o improviso do rádio. Desta forma, ele chegaria ao vídeo sabendo escrever e improvisar, quando necessário. Marcos Vasconcelos veio do rádio para a televisão. Com um texto criativo e dinâmico, Marquinhos vem se destacando entre os novos talentos na cidade. Ao lado dele, Antonio Vieira, Manuela Soares e Michele Wadja. O quarteto tem dado o que falar!

Por trás das câmeras tem todo o pessoal da produção. Tem muita gente nova também trabalhando nas redações, nos estúdios e demais departamentos das emissoras. Editores, produtores, redatores, editores de imagens, cinegrafistas, técnicos. Sintam-se todos lembrados.

Lógico que fazer televisão não é tão simples. É uma linguagem diferente, mais clara e objetiva, que necessita muitas vezes da sensibilidade do profissional para entender que “uma imagem vale mais do que mil palavras”. E o trabalho de equipe é essencial pra que tudo dê certo no final. A todos que estão chegando, meus sinceros desejos de que vocês tenham uma carreira de sucesso pela frente. Procurem aprender a cada dia. Leiam muito. Assistam seus colegas das outras emissoras. Tenham um olhar crítico sobre o trabalho de vocês. Nós nunca sabemos de tudo. A vida é um eterno aprendizado e se a televisão entrou para a vida de vocês, não deixem nunca de querer aprender mais...Que venham novos talentos e para nós veteranos, novos ares!



quarta-feira, 14 de novembro de 2007

É Sempre Tempo de Recomeçar...


Eu cursava o último semestre do Curso de Comunicação Social (UEPB) quando recebi o convite para meu primeiro emprego na área de jornalismo. Havia uma vaga para repórter na TV Borborema (afiliada do SBT) e, apesar da timidez (acreditem!), tentei esquecer o medo do vídeo e aceitei o desafio de estar em frente às câmeras. Dei muitas viagens antes de conseguir a vaga. Na época, Mozart Santos (diretor-executivo da TV Borborema) desafiou e testou a minha persistência. Cada visita àquela emissora era um novo frio na barriga. Até que, um dia, fui chamada definitivamente para ocupar a vaga de repórter. Foi um começo difícil. Tive que superar muitas limitações. Mas, o aprendizado foi de suma importância para minha carreira. Aprendi com as situações do cotidiano. Aprendi com as pessoas que conheci, a exemplo da editora Neide Nascimento e dos meus caros colegas repórteres, cinegrafistas, técnicos e todo pessoal com que eu cruzava nos corredores da emissora. Eles não imaginam o quanto, de alguma forma, eles foram e são importantes para mim. Aliás, foi lá onde estreitei os laços de amizade com o meu marido, Ribamildo Bezerra, ex-produtor e repórter da TV Borborema.

Da TV Borborema fui para a TV Paraíba (afiliada da Rede Globo). Recebi o convite do editor Rômulo Azevedo, acreditei na possibilidade de aprender mais e não me arrependi. Abracei o novo desafio e lá me ajudaram a “lapidar” um pouco mais a minha carreira de repórter e apresentadora. Prefiro não citar nomes para não ser traída pela memória e, de repente, deixar algum ex-companheiro ressentido por ter sido “esquecido”. Todos, sem exceção, passaram pela minha vida deixando algum aprendizado. Rômulo Azevedo havia sido meu professor na universidade, lecionando a disciplina de Telejornalismo. Na TV Paraíba, ele voltou a me ensinar. Da sua maneira, com seu jeito direto e sem meias palavras, ele me fazia refletir. Ele me encostava contra a parede, me fazia questionar meus erros e acertos e, foi assim, talvez, que eu despertei para um novo caminho na área do telejornalismo. Queria dar uma reviravolta, sair do vídeo e trabalhar na produção, por trás das câmeras. Era hora de mudar.

Cavei uma nova oportunidade e ela chegou. Fui convidada a trabalhar como coordenadora da produção local da TV Correio (afiliada da RECORD) em Campina Grande. A equipe era pequena e, mais uma vez, lá estava eu abraçando uma nova tarefa: ir em busca e produzir pautas para as duas equipes que cobriam Campina Grande e região. Valéria Assunção e Carlos Magno eram os repórteres. Bons companheiros de trabalho e excelentes profissionais. Marcos Sousa era e ainda é um dos cinegrafistas. Hoje, ao lado de Popó Calixto, os dois enchem a nossa tela de boas imagens. Passei pouco tempo na “Correio”. Ao completar pouco mais de dois anos por lá, sai e embarquei no trabalho de assessoria de imprensa, a exemplo do Departamento de Comunicação da FIEP (Federação das Indústrias do Estado da Paraíba) onde trabalho até hoje.

No ano passado, realizei um dos meus grandes sonhos. Fui convidada a trabalhar numa TV Pública, afiliada da Rede Cultura. Informação, educação, cultura e entretenimento. A proposta é apaixonante. Utilizar da força deste veículo de comunicação para levar informação de qualidade, cultura, arte e entretenimento para o público, por intermédio de uma TV aberta é, sem dúvida, muito gratificante para quem acredita na possibilidade de um país melhor e no direito à cidadania. A visão educadora e empreendedora de Gisele e Dalton Gadelha está me possibilitando colaborar com esse caminho pelo qual tantos percorrem na tentativa de informar, educar e formar cidadãos para “um mundo melhor”. Nessa nova empreitada, no começo lá estava eu trabalhando no jornalismo ao lado de Rômulo Azevedo como Diretor de Jornalismo, da minha caríssima Carla Borba e de uma turma novata cheia de vontade de explorar o universo fascinante da televisão. Ah, não posso esquecer de Polion! Além de repórter também abracei a função de apresentadora do Itararé Notícias 1ª Edição. Na verdade, nem sei direito porque voltei ao vídeo. Acho que o convite para trabalhar na afiliada da TV Cultura foi tão motivamente que eu não pensei duas vezes e disse “sim”. Porém, não posso dizer que foi ruim. A companhia de Polion, o estreitamento de nosso relacionamento profissional foi uma das coisas importantes nessa nova trilha. Ele é o “cara”! Correndo muito, me deixei ser sugada pelo estresse do dia-a-dia. Precisei de uma licença de um mês. Na volta, solicitei minha transferência para o Departamento de Programação para voltar a trabalhar na produção. Estou por lá ainda. Cada vez mais apaixonada por poder levar ao público algo capaz de fazer bem e, de repente, mudar o dia de alguém pra melhor é claro!

Os percalços desse caminho estão sempre presentes. Mas, pensando bem, eles fazem parte do aprendizado. Televisão é uma vitrine. É preciso ter os pés no chão para não se deixar envolver pela “fogueira de vaidades” que circunda o meio. Pra terminar, eu deixo você na companhia de Dalai Lama:

É positivo chegar primeiro, desde que a intenção seja abrir caminho para os outros, tornar mais fácil o caminho deles, ajudá-los e mostrar-lhes o caminho. A competição é negativa quando desejamos derrotar os outros, empurrá-los para baixo para podermos subir