“Um por todos e todos por um”. A célebre frase da obra do escritor francês Alexandre Dumas, adaptada no filme Os Três Mosqueteiros do diretor Stephen Herek, traduz fielmente a essência do trabalho em televisão. No reino “encantado” de uma emissora de TV, cada personagem da vida real tem uma função importante no contexto e ninguém deve ser menosprezado faça o que fizer no processo de produção de um telejornal ou de qualquer outro produto da casa.
A hierarquia se faz necessária. É uma questão de organização. Mas o “rei” deve saber liderar sua equipe para que todos busquem um objetivo comum e sintam-se motivados a fazer parte da equipe. Você, aspirante a um lugar nesse universo de sons, imagens e movimentos, lembre-se de que, é importante aprender a conviver com as diferenças, saber reagir com maturidade perante comportamentos e atitudes contrárias às suas e, principalmente, extrair o melhor da divergência de idéias e pensamentos.
No filme de aventura citado acima, Athos (Kiefer Sutherland), Aramis (Charlie Sheen) e Porthos (Oliver Platt), enfrentam todos os perigos para defender o Rei da França, Luiz XIII. No dia-a-dia na TV, o(a) repórter, o cinegrafista e o iluminador costumam encarar o cotidiano das ruas, enfrentando situações difíceis, os possíveis imprevistos e os traiçoeiros ponteiros do relógio que não desculpam atraso na redação. Nessa corrida diária contra o tempo, o repórter deve estar sempre atento a tudo e a todos, deve ser ágil e criativo. O cinegrafista não deve ser aquele mero “apertador de botão”, pois, o seu olhar apurado e também atento em torno da notícia poderá render uma grande matéria. O texto deve conversar com a imagem e juntos levarem uma informação de qualidade ao telespectador. Não existe segredo. A receita é parceria. Risque do dicionário a palavra euquipe e dê lugar à equipe. Sinal Amarelo: não desperdicem alguma sugestão do motorista/iluminador.
Certa vez, eu trabalhava como repórter e sai para fazer uma matéria com o cantor campinense Tony Dumont. Já era final da manhã. Estávamos eu, o cinegrafista Altair Silva e o grande “Charlie Brown” – seu Wallace – nosso motorista. Ao chegarmos no local da matéria, encontramos um cenário pouco atrativo para uma matéria leve com música e fora do factual. Eu e Altair olhamos um para o outro, demos uma volta no ambiente e quando eu começava a coçar a cabeça, Seu Wallace disse: “Ôh, Charlie, por que não faz aqui nesse cenário!”. Era uma parede decorada com garrafas de vidro, em frente tinha um balcão e um banquinho. Foi ali onde colocamos Tony Dumont e a matéria saiu 10. Parabéns para a criatividade de Seu Wallace e sorte nossa porque ele estava ali naquele dia.
Nos últimos meses, situações semelhantes têm sido constantes trabalhando com o cinegrafista Charles Dias e o nosso Assistente Técnico, Expedito Junior (foto). Charles eu conheço desde o início da minha carreira na TV Borborema. É um cara esforçado, empenhado na profissão que escolheu e não disperdiça a chance de conhecer e aprender sempre. Ele busca o diferencial, o incomum, tenta olhar pra onde poucos olham e não se perde nas limitações técnicas. Busca ultrapassar fronteiras. Expedito Junior é um companheiro super antenado. Tem sempre algo construtivo a acrescentar. Procura levar os problemas na esportiva e abandona o silêncio para dar sugestões e opiniões que enriquecem nosso trabalho. Claro que nem todo dia é dia de flores, mas, a gente pinta o arco-íris assim mesmo...
A essas alturas, você leitor, deve estar perguntando: mas onde está D’Artagnan? Oras, no filme Os Três Mosqueteiros, o personagem interpretado pelo ator Chris O’Donnell é um jovem que tenta provar seu valor, chegando a ser ridicularizado, porém, ainda assim tenta mostrar lealdade e habilidade para se tornar um dos mosqueteiros do rei. Na vida real, D’Artagnan é aquele técnico que costuma ficar no estúdio, preocupado com o funcionamento e a posição do microfone dos apresentadores e entrevistados. É o iluminador que tem todo o cuidado em posicionar a luz e, assim, evitar sombras nos apresentadores e convidados. É o cinegrafista que a-pa-ren-te-men-te vive de moleza no estúdio, mas, tem atenção redobrada especialmente nos programas ao vivo, pois, precisa seguir marcações, movimentar a câmera na hora certa, abrir e fechar o zoom com sutileza e seguir as orientações do Diretor de TV.
Se você procurar direitinho, ainda encontrará D’Artagnan na ilha de exibição, concentrado e preocupado com a programação que está no ar. Nas ilhas de edição, ele pode ser encontrado vestido de um jeito despojado, queimando os neurônios e empenhando boas doses de criatividade na edição das matérias. Nas redações, na função de produtor(a), a ficção dá lugar à realidade com muitos telefonemas diariamente em busca de um bom assunto que possa render uma excelente matéria.
A hierarquia se faz necessária. É uma questão de organização. Mas o “rei” deve saber liderar sua equipe para que todos busquem um objetivo comum e sintam-se motivados a fazer parte da equipe. Você, aspirante a um lugar nesse universo de sons, imagens e movimentos, lembre-se de que, é importante aprender a conviver com as diferenças, saber reagir com maturidade perante comportamentos e atitudes contrárias às suas e, principalmente, extrair o melhor da divergência de idéias e pensamentos.
No filme de aventura citado acima, Athos (Kiefer Sutherland), Aramis (Charlie Sheen) e Porthos (Oliver Platt), enfrentam todos os perigos para defender o Rei da França, Luiz XIII. No dia-a-dia na TV, o(a) repórter, o cinegrafista e o iluminador costumam encarar o cotidiano das ruas, enfrentando situações difíceis, os possíveis imprevistos e os traiçoeiros ponteiros do relógio que não desculpam atraso na redação. Nessa corrida diária contra o tempo, o repórter deve estar sempre atento a tudo e a todos, deve ser ágil e criativo. O cinegrafista não deve ser aquele mero “apertador de botão”, pois, o seu olhar apurado e também atento em torno da notícia poderá render uma grande matéria. O texto deve conversar com a imagem e juntos levarem uma informação de qualidade ao telespectador. Não existe segredo. A receita é parceria. Risque do dicionário a palavra euquipe e dê lugar à equipe. Sinal Amarelo: não desperdicem alguma sugestão do motorista/iluminador.
Certa vez, eu trabalhava como repórter e sai para fazer uma matéria com o cantor campinense Tony Dumont. Já era final da manhã. Estávamos eu, o cinegrafista Altair Silva e o grande “Charlie Brown” – seu Wallace – nosso motorista. Ao chegarmos no local da matéria, encontramos um cenário pouco atrativo para uma matéria leve com música e fora do factual. Eu e Altair olhamos um para o outro, demos uma volta no ambiente e quando eu começava a coçar a cabeça, Seu Wallace disse: “Ôh, Charlie, por que não faz aqui nesse cenário!”. Era uma parede decorada com garrafas de vidro, em frente tinha um balcão e um banquinho. Foi ali onde colocamos Tony Dumont e a matéria saiu 10. Parabéns para a criatividade de Seu Wallace e sorte nossa porque ele estava ali naquele dia.
Nos últimos meses, situações semelhantes têm sido constantes trabalhando com o cinegrafista Charles Dias e o nosso Assistente Técnico, Expedito Junior (foto). Charles eu conheço desde o início da minha carreira na TV Borborema. É um cara esforçado, empenhado na profissão que escolheu e não disperdiça a chance de conhecer e aprender sempre. Ele busca o diferencial, o incomum, tenta olhar pra onde poucos olham e não se perde nas limitações técnicas. Busca ultrapassar fronteiras. Expedito Junior é um companheiro super antenado. Tem sempre algo construtivo a acrescentar. Procura levar os problemas na esportiva e abandona o silêncio para dar sugestões e opiniões que enriquecem nosso trabalho. Claro que nem todo dia é dia de flores, mas, a gente pinta o arco-íris assim mesmo...
A essas alturas, você leitor, deve estar perguntando: mas onde está D’Artagnan? Oras, no filme Os Três Mosqueteiros, o personagem interpretado pelo ator Chris O’Donnell é um jovem que tenta provar seu valor, chegando a ser ridicularizado, porém, ainda assim tenta mostrar lealdade e habilidade para se tornar um dos mosqueteiros do rei. Na vida real, D’Artagnan é aquele técnico que costuma ficar no estúdio, preocupado com o funcionamento e a posição do microfone dos apresentadores e entrevistados. É o iluminador que tem todo o cuidado em posicionar a luz e, assim, evitar sombras nos apresentadores e convidados. É o cinegrafista que a-pa-ren-te-men-te vive de moleza no estúdio, mas, tem atenção redobrada especialmente nos programas ao vivo, pois, precisa seguir marcações, movimentar a câmera na hora certa, abrir e fechar o zoom com sutileza e seguir as orientações do Diretor de TV.
Se você procurar direitinho, ainda encontrará D’Artagnan na ilha de exibição, concentrado e preocupado com a programação que está no ar. Nas ilhas de edição, ele pode ser encontrado vestido de um jeito despojado, queimando os neurônios e empenhando boas doses de criatividade na edição das matérias. Nas redações, na função de produtor(a), a ficção dá lugar à realidade com muitos telefonemas diariamente em busca de um bom assunto que possa render uma excelente matéria.
Caso o telepronter, o computador da redação ou de qualquer outro departamento aparecer com problema, chame D’Artagnan. Se o ar-condicionado do estúdio resolver parar de funcionar, um técnico também poderá ajudar. Se a câmera sujar o cabeçote, o áudio falhar ou a mesa de corte travar, não esqueça de que alguém vai aparecer para ajudar. Nas salas, nos corredores e nos banheiros da emissora, sempre tem alguém por trás da limpeza. O visitante também poderá encontrar um sorriso doce e uma voz agradável na recepção temos na TV Itararé, Juliana, um ótimo exemplo disso. Por isso, todas essas pessoas têm o seu valor. De alguma forma, algum dia, você poderá precisar delas e elas poderão colaborar com você. A euquipe fragiliza. A união faz a força. Para tudo dar certo, o lema é “um por todos e todos por um”. E antes de terminar, uma última dica: se você gosta de aventura, além de trabalhar em televisão, leia o livro ou assista o filme Os Três Mosqueteiros e descubra de quem foi a frase que ganhou o mundo e ainda hoje nos serve como lição!